03/10/2016

Resenha: Duff, de Kody Keplinger | Bea Oliveira.

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Bianca Piper não é a garota mais bonita da escola, mas tem um grupo leal de amigas, é inteligente e não se importa com o que os outros pensam dela (ou ela acha). Ela também é muito esperta para cair na conversa mole de Wesley Rush – o cara bonito, rico e popular da escola – que a apelida de DUFF, sigla em inglês para Designated Ugly Fat Friend, a menos atraente do seu grupo de amigas. Porém a vida de Bianca fora da escola não vai bem e, desesperada por uma distração, ela acaba beijando Wesley. Pior de tudo: ela gosta. Como válvula de escape, Bianca se envolve em uma relação de inimizade colorida com ele. Enquanto o mundo ao seu redor começa a desmoronar, Bianca descobre, aterrorizada, que está se apaixonando pelo garoto que ela odiava mais do que tudo.

 No livro Duff conhecemos Bianca Piper, uma garota comum de 17 anos. Comum sim, mas nada boba! Usando o sarcasmo Bianca tem sempre uma resposta afiada na ponta da língua, principalmente quando se trata de Wesley Rush, o cara mais pegador do colégio  que faz as meninas se jogarem em seus braços e em sua cama.




 O livro se inicia em uma festa em um barzinho chamado Nest, Bianca foi arrastada por suas amigas até ali, e como em todas as noites, fica sentada no balcão do bar sozinha, desejando apenas ser deixada em paz enquanto observa suas melhores amigas. E tudo esta perfeitamente bem até que Wesley Rush resolve conversar com ela.

" - E você, querida é uma Duff.
- E isso significa alguma coisa?
- Uma sigla em inglês para DESIGNATED UGLY FAT FRIEND, ou seja, a amiga feia e gorda - explicou ele. - Sem querer ofender, é isso que você é.
- Eu não sou uma...!
- Ei, não fiquei na defensiva. Olha, só, você tem amigas linda... Amigas muito lindas. [...] E os cientistas já provaram que todo grupo de meninas tem um ponto fraco, a Duff."

 Apesar de ser uma garota decidida e não ligar nem um pouco para o que pensam dela, é claro isso acabada deixando Bianca abalada, afinal, ninguém gosta de ser acusada de ser a amiga feia, e o pior de tudo, ninguém gosta de perceber que realmente a é. Para completar seu drama, ela descobre que seu ex-namorado babaca está voltando a cidade e sua família esta se desfazendo.
 Bianca é bastante reservada quanto aos seus sentimentos, o que faz com que ela não desabafe quando a única coisa que precisa fazer  é isso. Então, chega uma hora que a dor precisa ser liberada, e a forma que ela escolhe para liberar esta dor não é nada convencional. 



Agora tente entender, o ex-dela esta de volta e noivo da garota que ele namorava enquanto estava com ela, a mãe dela pediu o divórcio depois de meses longe de casa, o pai voltou a ter problemas alcoólicos, e ela não consegue contar nada disso para suas amigas, e para ajudar ela tem um trabalho para fazer com o cara que ela mais odeia e que a faz se sentir inferior. É um drama completo, não é de se estranhar quando ela perca o controle.

" Antes que ele dissesse meu nome, acabei com o espaço entre nós. Rapidamente, meus lábios moveram-se ao encontro dos dele. [...]Sem falar, nem hesitar, tirei minha camisa pela cabeça e joguei no chão do quarto do Wesley. 
 Apenas uma vez, quando Wesley me deitou de costas, pensei seriamente em parar. Mas por que pararia agora? O que eu tinha a perder? E o que eu podia ganhar? Como me sentiria a respeito disso daqui a uma hora... ou mais cedo? Antes que eu pudesse pensar em alguma resposta, Wesley tirou minha calça e minha calcinha. Sacou uma camisinha e logo sua calça estava no chão também. E, de repente, estávamos transando, e meus pensamentos estavam calados de novo."

 E é assim que Bianca acaba se envolvendo com o cara mais improvável do mundo: Wesley Rush. Ele é sua válvula de escape.
 E a partir dai se estabelece uma pergunta importantíssima no livro: "o que isso a torna?"


Claro que ninguém pode saber sobre suas atividades extracurriculares com Wesley, então Bianca se vê obrigada a esconder este segredo de tudo e todos. Mas até onde é possível levar uma mentira? Não muito longe. Logo suas mentiras e desculpas começar a afastar suas únicas amigas, o que faz com que ela tenha apenas uma pessoas com a qual conversar, uma pessoa completamente babaca, imbecil, estúpida, egocêntrica e por quem ela acaba perdidamente apaixonada. É, ele mesmo, Wesley Rush.

Wesley também tem suas lutas, que a principio Bianca não vê. Ele é aquele tipo cara que tem tudo, boa aparência, luxo, popularidade, mas não tem o que mais importa: uma família. Por isso ele também se aproxima de Bianca, como uma fuga. Mas ninguém foge para sempre.


"Não importa aonde vá ou o que você faça para se distrair, a realidade alcança você."


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Eu devorei o livro. A escrita fluiu tanto que quando me dei conta o livro tinha acabado em poucas horas. Eu simplesmente me apaixonei por ele, sua leitura, seus personagens, a forma como lida com problemas preocupantes da adolescência de forma leve... Tudo no livro me ganhou, e acima de tudo me identifiquei demais. 


"Meu nome é Beatriz Oliveira, eu tenho 17 anos e eu sou uma Duff."


Eu sou uma Duff, e não é que eu tenha uma auto-estima baixa, mas é porque Duff não é algo de todo o mal, é apenas uma pessoa que passa mais despercebida em seu grupo de amigos. E eu tenho toda a certeza do mundo que você também é, ou já foi uma Duff em algum momento da sua vida, e se não foi é porque você não tem amigos. Então, leiam o livro, pois a partir dele você terá uma nova visão sobre tudo.




 P.S: Existe também o filme Duff,  mas contém uma história  completamente diferente! Nele,  Bianca se mostra muito  superficial, e fica com raiva de  suas amigas por ser um Duff,  descontando tudo nelas, enquanto  no livro, ela apenas fica  incomodada, e não deixa isso se  tornar o ponto principal de sua  vida. 






- Poxa, Bea.

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